Corredor Ecológico

Água e Meio Ambiente Empresa VCP deverá recuperar 150 mil hectares da bacia do rio Paraíba do Sul

A Votorantim Celulose e Papel (VCP) lançou ontem o projeto Corredor Ecológico no Vale do Paraíba, na bacia do rio Paraíba do Sul, para recuperar a mata ciliar, preservar o manancial e os afluentes, estimular a educação e incentivar o programa produtor de água. A proposta foi anunciada pelo gerente geral de sustentabilidade da empresa, Umberto Cinque, durante o I Seminário Água: desafios para conservação, que teve início ontem, 20 de agosto, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

O evento prossegue hoje, a partir das 8 horas, no anfiteatro do Pavilhão da Engenharia, numa realização do Grupo de Estudos e Práticas de Uso Racional da Água. São três os objetivos: o planejamento de bacias hidrográficas, o uso racional da água diante da escassez e o pagamento por serviços ambientais à sociedade.

Na abertura do seminário, estiveram o prefeito Barjas Negri, atual presidente dos Comitês Estadual e Federal das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), o diretor da Agência Nacional de Águas, Benedito Braga, o secretário de Defesa do Meio Ambiente, Rogério Vidal, e os diretores da Esalq, Antonio Roque Dechen e do Centro de Energia Nuclear, Virgílio do Nascimento

PROJETO
O projeto da VCP será lançado oficialmente em setembro, segundo Cinque. Ontem, ele apresentou a proposta de recuperação da mata ciliar do rio Paraíba do Sul. A empresa paga cerca de R$ 500 mil ao ano pelo uso da água desse manancial. A unidade do grupo Votorantim fica em Jacareí.

Segundo ele, o projeto prevê 150 mil hectares de plantio de árvores, sendo 120 mil de mata nativa e 28 mil de eucalipto, para produção de celulose.

A unidade da VCP em Piracicaba tem outorga para captar 400 metros cúbicos de água do rio Piracicaba, reutiliza 70% a 80% e devolve ao manancial, 50%. "Parte evapora no processo de resfriamento e o restante é incorporado à fabricação do produto", disse. Em 2008, a VCP pagou R$ 67,4 mil pelo uso da água do Piracicaba.

IRRIGAÇÃO
O professor Rodrigo Román, que coordena pesquisa sobre o cadastro de toda a irrigação do país, disse que seu objetivo é identificar os agricultores que captam água para a irrigação. "A irrigação na região não oferece risco às nossas bacias hidrográficas. O problema somos nós, as pessoas. A demanda é maior que a oferta e já estamos enfrentando a escassez da água".


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