Imagens que vem do alto, perda irreparável e mais em 21 de abril de 2013

"O passado é o campo onde estamos plantando para viver e crescer! Eu não quero saber de nenhum futuro que quebre os laços com o passado! Não te enganes, meu amigo: por mais que queiras acreditar nisso, não somos senhores de nada, nem mesmo da nossa própria vida!" (Yeoshua, ao seu amigo Zorobabel, por Zé Rodrix em Zorobabel: Reconstruindo o Templo, p.26)

Hoje é 21 de abril, você sabe por que comemoramos o dia de Tiradentes? O feriado nacional de hoje é  uma homenagem que o Brasil presta ao sacrifício de Joaquim José da Silva Xavier, que foi enforcado e esquartejado, a 21 de abril de 1792, devido a seu envolvimento com a Inconfidência Mineira - um dos primeiros movimentos organizados pelos habitantes do território brasileiro, no sentido de conseguir a independência do país em relação a Portugal. Vale a pena saber exatamente porque se presta essa homenagem a Tiradentes. No século 18, o Brasil era uma colônia portuguesa que gerava grandes lucros para sua metrópole, em função do ouro e dos diamantes que haviam sido descobertos na região que ficou conhecida como a das Minas Gerais. Relembre a nossa história, também na versão infantil, saiba dos demais fatos que aconteceram em 21 de abril e amanhã, é a data do descobrimento do Brasil. E não é feriado!!!! É dia preto na folhinha, então vamos ao trabalho!

A semana que passou tivemos a aula prática na FEPE Cerrado, onde os sistemas de irrigação por aspersão foram visualizados e explicados, com ênfase no pivô central, com a possibilidade de aprender mais, através da visualização em campo. Puderam também observar os diferentes emissores e alguns deles podem ser melhor conferidos através dos seus catálogos, que inclui os emissores para irrigação localizada (as principais empresas, os conceitos hidráulicos de cada tipo de emissor), conheceram os conceitos do sistema, alta frequência, baixa vazão e pressão, além de como as propriedades físico-hídricas do solo interferem na escolha ou manejo de cada sistema de irrigação. O pivô central foi construído primeiramente em 1948. Seu inventor, Frank L. Zybach, submeteu o invento para ser analisado e finalmente foi patenteado em 1952, no Colorado - Estados Unidos. O pivô girava acionado por mecanismos de pistões movidos hidraulicamente pela água. O inventor produziu unidades até 1954, quando vendeu os direitos de fabricação para empresa americana Valley. O sucesso da agricultura irrigada começa com um bom e adequado projeto de irrigação, mas é necessário efetuar manutenção em um equipamento tipo pivô central, composto de inúmeros mecanismos mecânicos e elétricos, seja preventiva ou corretiva. Para evitar problemas futuros e percalços que podem comprometer a esperada produtividade da safra recomenda-se a cada 2 anos verificar a vazão do conjunto moto-bomba, dos aspersores, pressão dos aspersores e a uniformidade de distribuição de água no sistema.
Na parte da tarde, o tema foi manejo da irrigação em pivô central, onde conceitos como evapotranspiração de referência e da cultura, coeficiente de cultura, CAD, água disponível, reserva de água no solo, umidade crítica,velocidade de deslocamento, lâmina aplicada, entre outros, foram ensinados. Todas estas informações podem ser aprofundadas através da centena de exercícios disponibilizados em nosso canal "Atividades Acadêmicas". No canal do Youtube, há ótimos videos produzidos pela nossa equipe de Extensão. Confira o "Cuidados para se ter projetos adequados de irrigação", "Escolha da tarifa de energia elétrica para irrigação: estudos de caso" e "Pivô central irrigando soja". Estamos convictos que com tanto material de referência, aulas bem ilustradas em sala e em campo, somente não aprende, quem não desejar, porque são inúmeras as oportunidades adicionais além das aulas semanais.

Mas com um déficit hídrico crescente, seja sazonal, ou por veranicos, há um aumento do interesse pelos sistemas de irrigação, como pode ser verificado a cada semana, com exemplos do bom uso em todos os Estados brasileiros e assim, é muito comum a dúvida sobre qual seria o melhor sistema de irrigação.

A resposta não é tão simples, pois não existe um melhor sistema de irrigação e sim aquele que melhor se adapta às condições de solo, topografia, clima, cultura a ser irrigada e ainda disponibilidade financeira e para avaliar e escolher o melhor sistema de irrigação o interessado deve procurar um Engenheiro Agrônomo ou Agrícola que saberá reunir as informações técnicas necessárias para a melhor decisão. A UNESP Ilha Solteira em seus canais de comunicação oferece informações que pode ajudar na tomada de decisão sobre agricultura irrigada oferecendo conteúdo sobre como produzir alimentos com o uso da irrigação. Também no Pod Irrigar, que é o Pod Cast da agricultura irrigada, semanalmente damos dicas de como melhor entender os processos envolvidos em agricultura irrigada.

Conhecimento tácito

As aulas práticas e trabalhos solicitados para complementar as aulas teóricas e também os estágios extra-curriculares são ótimas oportunidades para acumular conhecimento tácito, cada vez mais valorizado em um processo de seleção de profissionais. Conhecimento tácito é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, pela experiência. Geralmente é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente às habilidades de uma pessoa. A palavra "tácito" vem do latim tacitus que significa "que cala, silencioso", aplicando-se a algo que não pode ou não precisa ser falado ou expresso por palavras. É subentendido ou implícito. Uma das referências teóricas para a noção de conhecimento tácito é Michael Polanyi, que ajudou a aprofundar a contribuição do saber tácito para a gênese de uma nova compreensão social e científica da pesquisa. Este autor também estudou sua relevância para os educadores. Para Polany (1966), o conhecimento tácito é: "espontâneo, intuitivo, experimental, conhecimento cotidiano, do tipo revelado pela criança que faz um bom jogo de basquetebol, (…) ou que toca ritmos complicados no tambor, apesar de não saber fazer operações aritméticas elementares. Tal como uma pessoa que sabe fazer trocos mas não sabe somar os números. Se o professor quiser familiarizar-se com este tipo de saber, tem de lhe prestar atenção, ser curioso, ouvi-lo, surpreender-se, e atuar como uma espécie de detetive que procura descobrir as razões que levam as crianças a dizer certas coisas. Esse tipo de professor se esforça por ir ao encontro do aluno e entender o seu próprio processo de conhecimento, ajudando-o a articular o seu conhecimento-na-ação com o saber escolar. Este tipo de ensino é uma forma de reflexão-na-ação que exige do professor uma capacidade de individualizar, isto é, de prestar atenção a um aluno, mesmo numa turma de trinta, tendo a noção do seu grau de compreensão e das suas dificuldades." Pense nisso e aproveitem as oportunidades!

Agricultura irrigada

Agricultura irrigada impulsiona ganhos de produtividade nas cinco regiões do Brasil e o temos cerca de 30 milhões de hectares com potencial para irrigação distribuídos de norte a sul. Veja a reportagem que conta também videos, incluindo a entrevista com o Secretário Nacional de Irrigação Guilherme Orair. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a área irrigada no país é de cerca de 5,5 milhões de hectares. Assista o video que esclarece a agricultura irrigada.

Em Corumbá - MS, Sistemas da Integração é aposta para diversificação de matriz econômica e palestras esclarecerem dúvidas de produtores sobre o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de recursos hídricos e utilização de sistemas de irrigação para maximizar a produção também foi abordado. Segundo o produtor paranaense Jarbas Sylos Reis Neto "investir em um sistema irrigação apropriado é fundamental para o sucesso da produção". O produtor ressalta ainda que de 1,25 milhão hectares potenciais de irrigação que MS possui apenas 150 mil são irrigados de fato.

No Paraná, Santa Helena, programa de irrigação promete mudar perfil do município. Enquanto a maioria dos agricultores de Santa Helena, no Oeste do Paraná, colheram na safra de soja 2011/2012 em torno de 19 sacas por hectare (ha) e na de milho 80 sacas por hectare, os irmãos Amilton e Adilson Noro colheram em suas propriedades uma média de 170 sacas/ha de milho e cerca de 62 sacas/ha de soja. A grande diferença aconteceu porque o extremo Oeste paranaense teve uma grande estiagem, provocando a quebra mesmo para produtores que fizeram alto investimento nas lavouras. Já os irmãos Noro têm irrigação e não tiveram apenas uma safra de verão boa, fizeram três safras em sua área: milho safra de verão, soja safrinha e ainda feijão.

Cuiabá - MT: Irrigação para produzir o ano inteiro é uma das metas. A Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa, em parceria com a Prefeitura de Cuiabá, realizou o “I Encontro de Planejamento Estratégico de Agricultura Familiar e Abastecimento de Cuiabá”. A meta para os próximos quatro anos é trabalhar a implantação dos polos de produção irrigada ou com uso de tecnologia que permita produzir o ano inteiro; inverter a dependência de importação de frutas, verduras e legumes de outros estados, e garantir a segurança de regularidade de preços.

Dobrar a área irrigada no Brasil e tornar o país um dos principais players mundiais nessa área são metas audaciosas do governo federal. Para isso, foram lançados a Política Nacional de Irrigação, em janeiro de 2013, e o programa Mais Irrigação, em novembro de 2012. A expectativa é alcançar 10 milhões de hectares irrigados nos próximos seis anos. Somente o programa Mais Irrigação deverá abranger 538 mil hectares com vocação para a produção de diversas culturas de maior valor agregado, como biocombustíveis e a fruticultura. “O objetivo é garantir não só a infraestrutura do projeto, mas uma série de ferramentas como assistência técnica e crédito para os produtores”, afirma Guilherme Orair, secretário Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional.

No Estado de São Paulo, em Pirajú, agricultura irrigada é tema de debates. Assista o video.

Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto

Participamos em Foz do Iguaçu do XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, evento que reuniu mais de 1.200 especialistas e estudantes que desenvolvem trabalhos técnicos-científicos que tem como base informações vindas do espaço, e tivemos a oportunidade de interagir tecnicamente e ainda ampliar e consolidar amizades.

Cerimônia de abertura: José Carlos Neves Epiphanio faz seu pronunciamento.

   
Com sensoriamento remoto e geoprocessamento identificamos e quantificamos os diferentes cultivos, registramos desmatamentos, focos de incêndios, mudanças climáticas, perdas de água para a atmosfera, qualidade da água, transporte de sedimentos nos rios, entre tantas outras aplicações.

Parceiro em alguns artigos científicos, temos Morris Scherer-Warren da ANA e seus colegas Wagner Silva e Márcio Bomfim, novos amigos. Um brinde no coquetel de abertura!

Com o foco na agricultura irrigada, a Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira esteve presente no XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto com sete trabalhos que podem contribuir para garantir a água em abundância e de qualidade para a irrigação e ainda avalia a transferência de água para a atmosfera na forma de evapotranspiração combinando informações de satélites, de estações agrometeorológica e levantamentos de campo, fechando o ciclo de necessidade e oferta de água para promover o desenvolvimento regional baseado numa agricultura de alto nível, que é a irrigada, com efeitos multiplicadores nas condições sócio-econômicas da região onde é praticada.

Sessão Landsat-8: Planos e Perspectivas, tendo como Coordenador Michael A. Wulder (Canadian Forest Service, Canadá).

Daniel Noe, nosso Orientado de Doutorado, faz a estréia em congressos pela AHI com a apresentação  de dois trabalhos importantes na definição dos métodos de interpolação que adotaremos nos próximos trabalhos e geração de mapas. 

 A dica aos estudantes e profissionais: se interessem por sensoriamento remoto e geoprocessamento, pois ela pode ser útil em todas as atividades econômicas e profissionais existentes. Os nossos artigos apresentados, bem específicos foram: "Análise da fragilidade ambiental na microbacia do córrego do Coqueiro, no noroeste paulista", Avaliação do balanço de energia em diferentes tipos de uso e cobertura da terra na região noroeste do Estado de São Paulo, "O uso da análise multicritério para a definição de áreas prioritárias a restauração de Área de Preservação Permanente (APP), no noroeste paulista", "Análisis comparativo de métodos de interpolación espacial utilizando datos de evapotranspiración", "ILWIS como ferramenta para geração de mapas de chuva por interpolação", "Avaliação da disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica do Rio São José dos Dourados, no noroeste paulista", "Determinação dos componentes do balanço de energia com imagens MODIS no município de Petrolina-PE, Brasil" e "Quantificação de parâmetros da produtividade da água com imagens Landsat em condições de mudança de uso da terra no distrito de irrigação Nilo Coelho", todos disponíveis na íntegra nos Anais do XVI SBSR ou no canal de conteúdo da  Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

Com Gonzalo Fernandes da ANA trocamos informações sobre como fazer o levantamento sistemático das áreas irrigadas utilizando imagens de satélites e fazer a quantificação do consumo de água por esta áreas: Landsat e a informações vindas do EROS Center, estações agrometeorológicas automáticas, SAFER e Razão de Bowen estão na agenda de ferramentas para isso.

A boa notícia: o satélite Landsat 8 - já em órbita - começará distribuir imagens livres e gratuitas a partir de 30 de maio e missão deixará de se chamar LDCM, sendo suas imagens poderosos instrumentos de gestão. Este também foi o tema desta semana do Pod Irrigar a partir de http://podcast.unesp.br/podirrigar. Escute!

Também reencontramos o amigo Márcio Valeriano da Turma 87 da UNESP Jaboticabal.

A triste notícia é que no início da noite de 17 de abril de 2013, uma tragédia ocorreu após o encerramento dos trabalhos deste dia, quando nosso amigo e parceiro de trabalhos com evapotranspiração (dois artigos no SBSR 2013), o Professor Hélio Leandro Lopes da Univasf - Petrolina, após a sua apresentação sobre a avaliação da qualidade da água em reservatórios, ao deixar o Centro de Convenções sofreu um atropelamento, e faleceu.

Hélio entre Fernando Tangerino e Morris Warren no coquetel de abertura do XVI SBSR.

Hélio foi me apresentado pelo nosso parceiro Antonio Heriberto Teixeira no XV SBSR em Curitiba, exatos 2 anos atrás e nos tornamos parceiros em trabalhos científicos, sempre tendo Heriberto e mais recentemente o Morris como outros colegas. Estivemos juntos na Alemanha no 7th International Symposium on Irrigation of Horticultural Crops. Este Simpósio foi uma marco para o trio e depois com o Morris, formando um quarteto. O grande "Maestro" é Antonio Heriberto de Castro Teixeira, que em 2010 publicou o artigo "Determining Regional Actual Evapotranspiration of Irrigated Crops and Natural Vegetation in the São Francisco River Basin (Brazil) Using Remote Sensing and Penman-Monteith Equation" (Remote Sens. 2010, 2(5), 1287-1319; doi:10.3390/rs0251287) em que propõe uma nova e simplificada metodologia para estimativa da evapotranspiração atual, em que o Kc - coeficiente de cultura é modelado em função do albedo de superfície, da temperatura da superfície e do NDVI (Normalized Difference Vegetation Index).

Fernando Tangerino, Helio Lopes e Heriberto Teixeira em Rüdesheim am Rhein - Alemanha. Julho de 2012

No 7th International Symposium on Irrigation of Horticultural Crops, Hélio veio de trem de Berlim onde passou a temporada de um ano do Doutorado sanduiche, aplicado, chegou quatro meses antes apenas para estudar alemão e se apresentar à Universidade falando na língua nativa. Foi ele que fez a nossa reserva de hotel.

Apresentamos o trabalho "Determining actual evapotranspiration on the large scale using agrometeorological and remote sensing data in the Northwest of the São Paulo State, Brazil" (de F.B.T. Hernandez; A.H. de C. Teixeira; C.M.U. Neale; S. Taghvaeian) que foi escolhido pela Comissão Organizadora para apresentação oral e é o resultado da busca por modelos que possam aferir a quantidade de água transferida pela atmosfera - a chamada evapotranspiração - em escala regional e para tanto são testados os modelos SEBAL e de TEIXEIRA (2010) no noroeste paulista com resultados que mostram como o sensoriamento remoto e o uso de redes agrometeorológicas podem contribuir para o uso eficiente da água na agricultura.

Muitos queriam saber que método é esse, que seria comparado com o SEBAL, já consolidado e o nome TEIXEIRA´s Method (2010) gerou curiosidade. Seria a primeira vez que se usava o método publicado por Heriberto para compará-lo em condições de campo em uma grande área com 20 pivôs centrais e mostrou que o SEBAL em ambientes irrigados e sem cobertura de solo não traz resultados corretos.

Bingo!!! Helio veio e disse, "Heriberto, precisamos achar um nome legal para o seu modelo!" Eu, prontamente concordei e passamos a procurar este nome para o modelo que deixaria de se chamar TEIXEIRA (2010) e o mais "difícil" convencer o Heriberto disso e que com a sua simplicidade e competência relutava em aceitar a ideia.

Heriberto, Helio e Tangerino em julho de 2012.

Sem pedir consentimento, torno público parte da mensagem enviada pelo Heriberto em 18 de abril de 2013 por e_mail à amigos em comum e que trata desta história "Ainda estou engasgado e naquela como se não acreditasse neste acontecimento. O Hélio era meu amigo das antigas. Estudamos inglês juntos antes de eu fazer o TOEFEL para a minha proposta de Doutorado. Morris, acho que você fez certo com a apresentação do trabalho. Devemos pelo menos enfatizar as contribuições do Hélio mesmo com a sua ausência física. Para relembrar, o nome do algoritmo "SAFER" foi sugestão dele na Alemanha, quando nós juntamente com o Tangerino tivemos realmente momentos inesquecíveis hospedados no mesmo hotel de forma muito amigável, além da participação no evento de irrigação. Admirável o apoio da organização do SBSR."

Pois é internautas que nos lê, em 18 de julho de 2012, no Dudelsack Fun Rock Cafe convencemos Heriberto do nome proposto pelo Hélio e que o seu método dali por diante se chamaria "SAFER - Simple Algorithm For Evapotranspiration Retrieving", que teria sua estréia em eventos internacionais já em novembro de 2012 no SPIE em dois artigos tendo imagens Landsat e Modis como base para os trabalhos. Em um dos artigos, TEIXEIRA et al (2012) escreveria: "The model for ET estimations, now called SAFER (Simple Algorithm For Evapotranspiration Retrieving), has the advantage of simplicity of application, the absence of the need of neither crop classification nor extreme conditions and the possibility of using daily weather data from either conventional or automatic agrometeorological stations."

Esse processo de "convencimento" contamos também com a presença do Doutorando portugues Antonio Nogueira que joga sinuca com o Helio. Só não consigo me lembrar se o acróstico SAFER foi consagrado antes ou depois da sinuca, mas que foi ali neste Pub que o SAFER nasceu, isso foi!

Ainda chocado com a perda do amigo e parceiro aos 26 anos, lembro que no final da tarde desta quarta-feira, antes de deixar o Simpósio na conversa, Helio insistia em falar de novos projetos e para onde caminharíamos e eu aconselhei-o a se concentrar em defender sua tese de Doutorado até o fim do ano, porque isso sim era o importante, os trabalhos outros ficariam para o futuro. Também me disse que gostaria de sair para tomar cerveja, pois ficando em um hotel afastado da cidade, estava só e havia participado apenas do coquetel de abertura. E eu disse que havia saído com amigos na noite anterior e ficaria no hotel trabalhando um pouco. Local onde receberia a triste notícia 3 horas depois do nosso último papo.

Restava apresentar um trabalho com a participação dele e Morris Scherer-Warren chegou a pensar em abortar a apresentação, mas mudou de opinião e em seguida nos escreve sobre a mensagem do Heriberto: "Bem lembrado, a melhor homenagem que poderemos prestar é fazer o SAFER crescer. Acho que o Hélio teve uma ótima sacada, e esta vai ser uma contribuição sempre presente. A príncípio não ía apresentar, mas conversando com o Epiphanio, achamos que seria uma forma de homenageá-lo."

Descanse em paz Hélio e que Deus abençoe sua família. Esta é nossa homenagem!

Logística - transporte
O Blog Rumo ao Porto relata o caminho do escoamento da soja, da plantação ao porto. São dois trajetos que ligam Mato Grosso, o principal estado produtor de soja no país, ao mar. O repórter Dhiego Maia, do G1 MT, sai de Sorriso rumo a Santos (SP). E o repórter Glauco Araújo, do G1 SP, vai de Sinop para Santarém (PA). Ambos saíram no dia 15 de abril de 2013. O primeiro trajeto será de 2.700 km e deve durar 4 dias. O segundo, de 1.300 km, pode levar o mesmo tempo, dependendo da chuva e da condição das estradas. Eles relatam da boleia do caminhão os gargalos da logística no Brasil, maior produtor de grãos do planeta que tem o transporte baseado em rodovias - em detrimento de meios mais baratos e eficientes, como ferrovias ou hidrovias. Acompanhe em mapas e textos!

Revista Brasileira de Agricultura Irrigada - RBAI
A Revista Brasileira de Agricultura Irrigada - RBAI (ISSN: 1982-7679) passou por reformulações de modo a ter mais agilidade e visibilidade. Também para os anos de 2013-2014 reforçou seu time de Editores Associados, na qual fazemos parte, juntamente com os seguintes Professores/Pesquisadores: Bernardo Barbosa da Silva (UFPE), Clayton Moura de Carvalho (CENTEC - CE), Fernando Braz Tangerino Hernandez (UNESP - Ilha Solteira), Frederico Antonio Loureiro Soares (IFGO), Hans Raj Gheyi (UFCG), José Antonio Frizzone (ESALQ-USP), Manoel Valnir Junior (IFCE - CE), Raimundo Nonato Távora Costa (UFC), Rodrigo Otávio Câmara Monteiro (IFCE - Bento Gonçalves), Rodrigo Otávio Rodrigues de Melo Souza (UFAM) e Vital Pedro Silva Paz (UFRB). Raimundo Rodrigues Gomes Filho segue como Editor-Chefe. Atualmente a RBAI está indexada nas seguintes bases: AGROBASE, DOAJ, LATINDEX, SUMÁRIOS.ORG e CAB Abstracts, além de estar cadastrada no Cross Ref, e conta DOI (Digital Object Identifier) para todos os artigos. Informações em revista@inovagri.org.br ou pelo telefone (85) 3268-1597.

Qualidade da água
Minuto UNESP destaca a influência humana na qualidade de água de mananciais urbanos.

Empregos, empregabilidade e empreendedorisno
Você sabe a diferença entre Proatividade e Reatividade? A revista Empregos explica!

Se prepare para uma entrevista. Muitos dizem "Não estou sendo avaliado corretamente nas entrevistas". Escute na CBN o que Max Gehringer pensa sobre isso e outras situações!

Entretenimento
E o mercado do disco de vinil volta a crescer no Brasil e falando nisso, faz 40 anos que foi lançado o LP Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli, Toninho Horta (1973), com um time excepcional de músicos, mas pouco divulgado, poucos o conhecem e um CD (talvez montado) é encontrado no Mercado Livre por até R$ 250,00, o que o coloca como artigo raro. Nele tudo é irreverência, desde a mistura de ritmos, com o rock progressivo tendo uma marca forte e como Vermelho lembra e ainda a foto da capa com eles no banheiro. Perguntei para a amiga e "especialista" em Clube da Esquina, a mineira Maria Valéria Bethônico sobre este disco e por que nenhum dos mineiros tocavam as músicas em seus shows, à exceção de "Manuel o Audaz", eis a resposta: "Pouco se fala deste disco e perguntei a nossa "especialista" nos Mineiros do Clube da Esquina o porque também não se vê as músicas deste LP sendo tocados pelos grandes músicos. Realmente, eu nunca ouvi falar que eles tocaram essa música em algum show, ou coisa parecida, e olha que eu sou recordista em shows de Toninho Horta!!! Nem no recente DVD "Beto Guedes - Outros Clássicos" o Beto tocou. Pedi ao meu amigo Maurício Gouvêa para perguntar isso ao Toninho e ao Beto, pode fazer parte da entrevista que ele vai fazer com ambos sobre os 40 anos do disco "Danilo-Novelli-Beto-Toninho", aquele da capa do banheiro, no qual saiu essa música. Esse foi o 1º disco de cada um deles, e está fazendo 40 anos agora." Neste LP, "Viva eu" (de Novelli e Wagner Tiso) é uma celebração, "Meu Canário Vizinho Azul" de Toninho Horta dá mostra de como seguiria a trilha do jazz e o violão dividiria o tempo com a sua guitarra, mas destaco Belo Horror, seis minutos de uma mistura de ritmos incrível. Na composição de Beto Guedes, Flávio Venturini, Márcio Borges e Vermelho, que pode ser escutada abaixo tocaram Beto Guedes (baixo elétrico, violão, bateria e voz), Danilo Caymmi (flauta), Flávio Venturini (orgão), Frederyko - Fredera (guitarra), Lô Borges (coro, e piano), Robertinho Silva (bateria) e Vermelho (órgão e baixo elétrico), que comenta em seu blog sobre a música: "Belo Horror realmente foi uma grande composição. O Douglas me lembrou disso ao escrever que a faixa Belo Horror é uma das coisas mais progressivas que já se ouviu nesse país. Mas a música Belo Horror foi realmente uma grande composição. Começou com uma sequencia quase clássica que eu tocava direto no orgão e o Beto improvisava belas melodias ao bandolim. Tocávamos horas... A maioria das improvisações se perdeu, mesmo as que gravei em k-7... (na época, nem pensar em gravadores digitais...). A gente tava ouvindo muito Genesis e Pink Floyd e isto nos influenciou, mas a sequencia clássico-barroca é influência disso e criação original minha, - igual as belas melodias do Beto, tão tipicas dele. Depois fizemos um parte mais pesada e o Flávio - que tava doido pra participar da música que tocávamos dia inteiro na casa dele! - fez a melodia que começa este tema bem progressivo. Só que quando chegamos pra gravar no Rio, o resto do pessoal, que era mais chegado em bossa nova, mpb etc - nada contra - chiou quando viu uma musica daquela, ainda mais que era enorme.. Encheram o saco do Beto que tivemos que diminuir o tempo da música, acelerar uns trechos - e grande parte das belas melodias de bandolim com orgão não foram pro disco. Mesmo assim, ficou ótima, tem um piano muito bem bolado pelo Lô Borges, e o vocal ficou bom. Claro que o disco não foi sucesso (a capa contribuiu pra isso - horrivel aquela foto no banheiro, né?). Mas tem outra música bonita do Beto e acho que Manoel, o audaz ou outra bela cancao do Toninho Horta. Eramos muito novos, mas esta música mistura entusiasmo de jovens que éramos com um conhecimento musical que passavamos uns para os outros... "
Manuel, o Audaz, merece uma postagem específica, de tão extraordinária que é a música, melodia e conta a história do jipe amarelo. Fica para a próxima. Escute todas as músicas do disco (1, 2, 3, 4). Mas conheça o Museu do Clube da Esquina e a história e a produção destes mineiros geniais. Saiba mais sobre o Clube da Esquina em Museu virtual do Clube da Esquina, Clube da esquina, 30 anos da revolução mineira, Clube da Esquina em quadrinhos e Clube da Esquina-All Music. Veja as músicas em vídeos! Há também um documentário sobre o Clube da Esquina, já abordado aqui neste blog.