Macrófitas Aquáticas no Córrego do Boi

Em artigo publicado por CARLOS ANTONIO PRATA (advogado) no Jornal de Jales, nº2314, de 26 de julho de 2009, em que comenta sobre a infestação de planta aquática, especialmente das espécies Egerea sp., vulgarmente conhecidas como rabo de gato ou alecrim, nos afluentes do rio São José dos Dourados, na região noroeste paulista.

No municipio de Aparecida d'Oeste, há o córrego do Boi, que é um afluente do rio São José dos Dourados, e que tem importância, pois sua água é utilizada na irrigação em muitas propriedades rurais dessa cidade e possuindo um agravante, de ter o lançamento de efluente da Estação de Tratamento da cidade, em suas águas. Em 2007, iniciou o levantamento das plantas aquáticas (denominadas também, como Macrófitas Aquáticas) no Córrego do Boi, pelos Biólogos Gustavo Barboza e Renato Franco, integrantes da equipe do Laboratório de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

As macrófitas aquáticas são classificadas em: Macrófitas Emersas que são plantas enraizadas no sedimento e com folhas fora d’água; Macrófitas Submersas Enraizadas sendo plantas enraizadas no sedimento, que crescem totalmente submersas na água e; Macrófitas Flutuantes, sendo aquelas que flutuam na superfície da água.

Essas plantas são importantes para o ambiente aquático, pois são fontes de oxigênio, atuando, na retenção de nutrientes e poluentes, servindo de abrigo e alimento para diversos organismos, como peixes e insetos.

No entanto suas elevadas taxas de crescimento populacional favorecem a colonização de grandes áreas, afetando o uso múltiplo da água, como o próprio Dr. Carlos afirmou em sua nota, e em outra situação, estas podem apresentar elevadas taxas de evapotranspiração (que é a soma da evaporação da água mais a transpiração das plantas) com desdobramentos relativos ao microclima local ou às perdas de água do manancial para a atmosfera.

A eutrofização artificial (aumento da quantidade de nutrientes na água pelo despejo de esgoto, fertilizantes de agricultura e pecuária carregadas pela chuva até a água do manancial) e os sólidos suspensos nos ecossistemas aquáticos, resultantes da ação antrópicas, podem ser considerados um dos processos que mais afetam as estruturas das assembléias de macrófitas aquáticas, favorecendo a instalação de grandes áreas.

Os resultados parciais do respectivo levantamento, resultou em uma publicação no II Workshop Internacional de Inovações Tecnológicas na Irrigação & I Simpósio Brasileiro sobre o Uso Múltiplo da Água, ocorrido em Fortaleza - CE, junho de 2008. Em agosto de 2008, foi finalizado o levantamento, e foram encontradas 17 espécies de plantas.

A importância de se fazer o levantamento das plantas aquáticas é verificar os danos que estas plantas podem gerar, principalmente, com a questão da disponibilidade, qualidade e no acesso à água utilizada, principalmente para a irrigação, como é o caso do Córrego do Boi.

Comentários

  1. Gustavo, faltou dizer que a Area de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira se preocupa com os recursos hidricos como um todo, ou seja, a qualidade e a disponibilidade da água de cinco microbacias da região é pela nossa equipe monitorada.
    Os resultados deste monitoramento está no canal TEXTOS TÉCNICOS do Portal da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira em: http://www.agr.feis.unesp.br/papers.php
    No mais, parabéns pelo trabalho que você e a equipe toda vem fazendo ao longo destes anos juntos.

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