TECNOLOGIA - INOVAÇÃO EM MONITORAMENTO DA IRRIGAÇÃO: Cesar cria solução para agronegócio

De olho num mercado que tem a expectativa de crescer R$ 70 bilhões nos próximos dez anos, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) está desbravando uma área que até então era inédita para ele: o agronegócio. Para marcar sua entrada nessa área, o centro desenvolveu uma solução que pretende aumentar a produtividade das lavouras, ao mesmo tempo que traz economia de recursos e possui baixo custo de investimento.

O monitor de irrigação permite acompanhamento e controle remoto do pivô central, equipamento de irrigação presente em culturas extensivas. É o pivô que ajusta a quantidade de água a ser distribuída, através de movimentos concêntricos.

O problema é que esses equipamentos geralmente ficam no meio das plantações, a vários metros de distância da sede da fazenda. Então, quem vigia os pivôs? “Em grande parte dos casos, o fazendeiro tem que enviar um funcionário de moto uma vez por dia para checar se todos os pivôs estão em ordem, irrigando com a quantidade certa de água”, explica o executivo de desenvolvimento de negócios do Cesar, Eduardo Peixoto.

Porém, até que um problema seja diagnosticado, pode levar horas, ou até dias. “Se um desses equipamentos der problema, pode comprometer parte da colheita, que sofre com a falta de irrigação, ou com o excesso”, afirma.

A solução criada pelo Cesar permite ao fazendeiro acompanhar pelo computador ou celular o estado em que estão os pivôs da sua fazenda em tempo real. “O desperdício de água diminui e há aumento da produtividade, uma vez que o pivô fica ajustado para trabalhar em sua totalidade”, diz Peixoto.

Tanto o software quanto o hardware foram desenvolvidos no Cesar. O monitor estará entrando em fase de testes na próxima semana em 10 fazendas. “Depois de três meses, passaremos para 50 fazendas e, em seguida, para 100. Esperamos que em dois anos, 15% das propriedades que utilizam o pivô tenham nossa solução instalada”, planeja Peixoto. O Cesar continuará investindo em tecnologia para o agronegócio. “É a menina dos olhos da economia nacional, nossa maior fonte de renda. O Cesar, como centro de inovação, deve também contribuir fornecendo soluções tecnológicas para aumentar a produtividade”, completa.

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