DIA INTERNACIONAL DA AÇÃO CLIMÁTICA

O DIA INTERNACIONAL DA AÇÃO CLIMÁTICA ocorrerá simultaneamente em vários países do mundo e terá como objetivo conscientizar a população para a importância da redução dos gases que estão provocando o efeito estufa. Para maiores informações consulte: http://www.350.org/pt.

Aqui em Ilha Solteira, este evento ocorrerá na forma de passeio ciclístico no dia 24 de outubro de 2009, a partir das 9:00h, com saída em frente a Prefeitura Municipal e em seguida percorrerá a Avenida Brasil. A sugestão é usar camiseta branca ou verde ou o uniforme da escola.

O evento conta o apoio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária - PROEX e tem a Organização dos Professores Hélio Ricardo Silva, Jeniana Volpe Sim Zocoler e Nádia Aparecida Magalhães de Souza.


Saiba mais sobre o assunto no texto eleborado pela Comissão Organizadora

O aquecimento global é um dos problemas que mais tem preocupado a geração atual. A temperatura do planeta está aumentando muito, desde que a humanidade começou a lançar grandes quantidades de CO2 na atmosfera. O CO2 e outros gases de efeito de estufa mantêm o calor na atmosfera, sem eles o planeta seria demasiado frio para ser habitado por humanos. A questão é que a partir do séc. XVIII, os humanos começaram a queimar carvão, gás e petróleo para produzir energia e bens. A quantidade de carvão na atmosfera começou a subir, primeiro devagar e agora mais rápido.

Estudos realizados por James Hansen, da Agência Aero-Espacial dos EUA e sua equipe indicaram que a quantidade de 350 partes por milhão de CO2 é a máxima tolerável para o planeta. Atualmente a quantidade de carbono na atmosfera já é de 387 partes por milhão e apresenta crescimento constante, o que pode significar impactos climáticos desastrosos e irreversíveis.

Com base nesses estudos, um grupo de ambientalistas, liderados por Bill McKibben, (www.http:350.org) tem divulgado a necessidade de adotar-se 350 ppm de CO2 como um limite para a segurança climática. O grupo tem sugerido a realização de eventos criativos, identificados de algum modo com o número 350, numa data definida como o Dia Internacional da Ação Climática.

Em 2009, a data escolhida foi o dia 24 de outubro. Nesse Dia Internacional da Ação Climática é fundamental que seja feita uma reflexão sobre o papel de cada um, governo e sociedade no enfrentamento do problema do aquecimento global. No cenário global, o momento é de discussão sobre os compromissos de redução de emissões de gases estufa, a serem assumidos pelos diferentes países, por ocasião da próxima Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Copenhague, no próximo mês de dezembro.

Reduzir emissões de gases estufa implica modificar substancialmente a economia atual, baseada em carbono fóssil. Mesmo o Brasil, um dos países que mais utiliza recursos energéticos renováveis, como os biocombustíveis e energia hidrelétrica, apresenta-se como um dos maiores emissores do mundo de gases estufa, em virtude dos níveis alarmantes de queimadas ainda aqui registrados.

Mas, e o papel de cada cidadão, como fica nesse processo?

Um consumo mais ético, limitando o desperdício, priorizando os produtos oriundos de cadeias produtivas sustentáveis são algumas das opções possíveis de serem utilizadas pela população humana para tentar evitar o colapso do clima. Nesse conjunto de possibilidades inclui-se a opção por um transporte mais sustentável, como por exemplo, o uso de bicicletas.

O transporte ciclístico é bastante utilizado em Ilha Solteira e deve ser valorizado como uma importante contribuição contra o aquecimento global. Por isso a opção escolhida para marcar o Dia Internacional da Ação Climática, em Ilha Solteira foi reunir 350 ciclistas em uma manifestação na cidade.

Valorizar essa opção de transporte, contudo, significa também refletir sobre as condições de segurança e conforto disponíveis para os ciclistas em nossa cidade.

A ação individual, contudo, não pode ser dissociada da decisão política e administrativa em propiciar as condições necessárias para que as pessoas sejam estimuladas a utilizar mais a bicicleta como meio de transporte.

Uma das questões principais, por exemplo, é a inexistência de ciclovias na cidade, tendo em vista as condições precárias de segurança vivenciadas pelos ciclistas, principalmente nos horários de maior tráfego de veículos.

Qual a importância do veículo automotor na ocupação dos espaços urbanos, incluindo vias e estacionamentos? Qual o espaço destinado ao ciclista? E ao pedestre, que cada vez mais encontra calçadas mal conservadas e ocupadas indevidamente? Essa reflexão não pode deixar de ser feita num momento de redefinição das atitudes de nossa sociedade frente aos desafios do enfrentamento do aquecimento global.

Nesse sentido, os Organizadores solicitaram ao Governo Municipal, à Câmara dos Vereadores e ao Conselho Municipal de Trânsito de Ilha Solteira que incluam em sua agenda a discussão sobre a questão da valorização e segurança do transporte ciclístico na cidade, como uma contribuição local fundamental para o enfrentamento do aquecimento global e, conseqüente, compromisso com as próximas gerações.

Comentários

  1. Parabéns pela ação! Andar de bicicletas apenas um dia não significa nada! As atitudes em relação ao Clima deve ocorrer diariamente. Um exemplo simples que pode ser comentado, ocorre aqui no campus I e II da UNESP Ilha Solteira. Onde professores e alunos não abandonam seus carros, alguns utilizam por necessidades; outros, por status. Mas na comunidade Unespiana, existem técnicos, alunos e professores que adotam a bike como veículo, como os Prof. João Andrade,Sergio Carvalho, João Batista e outros. Parabéns pela iniciativa, entretanto o ambiente precisa de ação e mudanças de paradigmas, ou melhor, de hábitos.

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