Irrigação em cana intensamente debatida



[Pod Irrigar] - Irrigação em cana é apontada como uma das ações necessárias para a elevação da produtividade
O GIFC - Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana realizou o 29º Encontro Técnico com o tema a “Agrometeorologia aplicada à cana-de-açúcar”. Os palestrantes discutiram a fisiologia, a agrometeorologia, o sensoriamento remoto e aplicados no planejamento da safra, à determinação de lâminas na escolha dos sistemas de irrigação e no dia a dia do manejo da irrigação e ainda a agrometeorologia como ferramenta de monitoramento e prevenção.



O Encontro teve a participação de Professores da UNESP. Alexandre Barcelos Dalri e Luiz Fabiano Palaretti vieram de Jaboticabal, enquanto que Paulo Alexandre Monteiro de Figueiredo, veio de Dracena para fazer a palestra sobre como a fisiologia da planta e o solo são afetados pelos elementos climáticos, com explicações detalhas e intenso debate visando desde a formação das raízes, crescimento das plantas, aspectos da bioquímica e definição da colheita para a alta produtividade.



Já Guilherme Dumit mostrou exemplos práticos do uso da agrometeorologia e sensoriamento remoto como ferramenta de monitoramento e prevenção de desempenho produtivo desenvolvidos pela sua empresa, a Sigma Geotecnologias.


A deficiência hídrica da cana-de- açúcar na região Centro-Sul analisando as safras 2014/15 e 2015/16 foi tema da apresentação de Bernardo Rudorff e Danilo Aguiar, Diretores da Agrosatélite Geotecnologia.
















Iniciamos nossa palestra “Manejo da irrigação: solo ou atmosfera e como fazer? revisando a evolução da produtividade média de cana no Centro-Sul que mostra comportamento semelhante das diferentes regiões somente quando a chuva é farta e bem distribuída, o que não tem sido frequente e assim, na maioria dos anos, regiões com predomínio de solo arenosos e de histórico déficit hídrico sofrem mais e para depois desenvolver uma visão bastante prática de como usar a água de forma eficiente na agricultura. A partir da premissa de que o setor não pode se manter com produtividade média de 81 toneladas por hectare e deve investir mais em irrigação, abordamos cada passo do processo de manejo da irrigação, desde a busca pelos dados de entrada para a estimativa do consumo de água pelas plantas, até a escolha da lâmina a ser aplicada em função da fisiologia da cultura, cobertura e armazenamento de água no solo no momento da irrigação.



Na parte final da nossa palestra mostramos que a UNESP associada à EMBRAPA e Universidade de Nebraska trabalha pesquisas para disponibilizar informações e coeficientes técnicos que podem dar suporte à irrigação eficiência no uso da água. Mostramos os resultados preliminares da identificação de coeficientes de cultura em função da evapotranspiração atual, que combinados com o uso da água na cultura resultam em um indicador chamado de produtividade da água, uma poderosa ferramenta de trabalho para identificar problemas de ordem agronômica e os de gestão da água e que tem sido objeto de parte das nossas pesquisas no Noroeste Paulista.





Para encerrar o dia de intensas discussões, aconteceu o tradicional debate Coordenado por Marco Antonio Vianna, quando houve a oportunidade de maior interação com os participantes e agregação do conhecimento compartilhado. Resumindo: foi mais uma ótima oportunidade de aprendizado!

Mais sobre a reunião do GIFC
O 29º Encontro Técnico do GIFC foi especial também porque marcou o encontro de diferentes gerações que já fizeram parte da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira. O projeto “Modelagem da Produtividade da Água em Bacias Hidrográficas com Mudanças de Uso da Terra”, financiado pela Fapesp (Processo 2.009/52.467-4) foi especial porque trouxe uma agregação de conhecimento e ampliação do trabalho de pesquisa e extensão e teve por objetivo introduzir estudos que combinam sensoriamento remoto e o conceito de rede de estações agrometeorológicas para estudos de evapotranspiração em escala regional, até então inexistente na região. Nesta conceito, ao rodar os modelos, as informações climáticas obtidas pelas estações entram com com mais um plano de informação obtido por interpolação, onde cada pixel teria um valor diferenciado, possível através da implantação da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, e seus dados e informações disponibilizados no Canal CLIMA da UNESP Ilha Solteira. Este projeto contou com a participação do Analista de Sistemas Jean Carlos Quaresma Mariano, hoje na Raizen e Alberto Mário Arroyo Avilez acaba de ser agregado à nossa Equipe para trabalhar com o consumo de água e irrigação em cana e desejamos à ele o mesmo sucesso obtido pelo Jean, cujos encontros são sempre reevstidos de alegria e troca de conhecimento.



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Pesquisa na UNESP em expansão

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