Instabilidade climática atípica no mês de maio afeta a colheita das culturas do café e do feijão

Nesta semana o Instituto Brasileiro do Feijão & Pulses (Ibrafe), divulgou que o preço da saca de feijão pode subir mais de 100% nos supermercados, e isso deve-se a instabilidade climática principalmente na região do interior do Paraná que é uma das principais produtoras de feijão do país e que gera alta dos preços nas demais regiões.

Mas, como a instabilidade climática afeta o preço de mercado das culturas?

Durante a safra o produtor tem diversos gastos, sendo com insumos agrícolas, adubação, preparo do solo, irrigação, defensivos agrícolas entre outros. Estes gastos são caracterizados como custos ou como investimentos, mas que de qualquer forma só retornam ao bolso do produtor a medida que há uma boa produtividade e que a colheita seja bem sucedida, com máxima redução das perdas e com alta qualidade do produto.

No interior do Paraná a geada que ocorreu ao final do mês de abril afetou o desenvolvimento da cultura do feijão carioca e ocasionou perdas de 30 a 50% na produtividade, segundo o jornal Gazeta do Povo

Fonte: Internet 

Além da geada a chuva do mês de maio prejudicou o desenvolvimento da cultura e causou queda drástica na produtividade e ainda a colheita está sendo prejudicada pela alta umidade do solo, que impede a boa circulação das máquinas ocasionando maiores perdas.

O mesmo aconteceu com a cultura do café na região de Três Pontas (MG), aonde algumas chuvas ocorridas no mês de maio ultrapassaram a marca dos 100 mm, o que prejudicou a produção a medida que ocasionou perdas pela queda dos frutos e pelo aumento da umidade, propiciando condições favoráveis a doenças fúngicas. Por enquanto foi colhido apenas 7% da safra na região e a saca está sendo negociada, em média, a R$420,00.

Fonte: Internet 

Na região Noroeste Paulista as chuvas prejudicam principalmente os produtores de feijão, pois agora que a cultura deveria estar sendo colhida estão ocorrendo chuvas totalmente atípicas no mês de maio prejudicando a produtividade, aumentando a umidade do grão e do solo, dificultando assim a colheita. 

Entre abril e setembro o clima na região Noroeste Paulista é caracterizado pela baixa ocorrência de chuvas, sendo que a média histórica no mês de maio é de 75 mm. No entanto até o momento a média de chuva acumulada no mês de maio, realizada com base nos valores registrados por cada estação da Rede Agrometeorológica do Noroeste Paulista, é de 125 mm, sendo 51 mm acima da média histórica.

Confira os comentários do Profº Fernando Braz Tangerino sobre o mês de maio na região Noroeste Paulista e acompanhe a explicação otimista que fez sobre o assunto através do Pod Irrigar publicado hoje (25).

Feijão de sequeiro com 50 dias de plantio em 23 de maio de 2017. Ao fundo o Rio Tietê.  Crédito: Carlos Missiaglia.

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- Informações sobre agricultura irrigada e agroclimatologia no noroeste paulista são publicadas regularmente: BLOG da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira
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