Aproveitando o período chuvoso para cuidar do sistema de irrigação

Variação do nível dos rios Paraná e Tietê a montante das Usinas Hidrelétricas de Ilha Solteira e Três Irmãos, fortemente influenciadas pela crise hídrica e que interrompeu por quase dois anos a Hidrovia Tietê-Paraná. Fonte: Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.

[Pod Irrigar] - Aproveitando o período chuvoso para cuidar do sistema de irrigação
Entramos no período de chuvas em várias regiões do país, o que inclui o Noroeste Paulista que na média da região registrou de outubro até o momento 497 mm, com 727 mm em Paranapuã e 382 mm em Sud Mennucci, conforme o monitoramento realizado pela UNESP. Em apenas 73 dias ou 20% do ano, registra-se 40% de todos os 1248 mm esperados no ano. Essa variabilidade no tempo e no espaço faz com que produtores de alimentos invistam em sistemas de irrigação para terem o que chamamos de segurança hídrica.
O Jornalista Tobias Ferraz é um grande parceiro dos Produtores de Alimentos, vive por aí distribuindo "Agroabraços" e é dele a sugestão desta edição. "Professor, por que não aproveita que entramos no período chuvoso para falar da importância de aproveitar esse período para reformar e fazer manutenção nos equipamentos de irrigação, para atualizar as tecnologias ou fazer adaptações para o uso mais racional da água, economizando água e energia?", escreveu-me.
Depois desta dica, a edição já está pronta, porque Tobias está certo, sobrou pouco coisa para comentarmos, como por exemplo, para àquele que ainda está em dúvida se deve investir em sistemas de irrigação. É tempo de reunir informações, conversar, orçar e planejar a entrada na agricultura irrigada para que no período seco possa estar com o sistema de irrigação pronto para distribuir oportunidades, inclusive à si mesmo, pelos efeitos multiplicadores da agricultura irrigada.
Àqueles que contam com sistemas de irrigação, é um bom momento para revisar motores e bombas, checar o alinhamento entre eles, verificar o sistema de refrigeração, fazer adequações na captação de água e se há vazamentos na tubulação, verificar entupimentos de bocais - há quanto tempo não faz a avaliação do seu sistema de irrigação? Já fez algum dia? - limpeza de fim de linha, são alguns dos procedimentos necessários ao bom desempenho do sistema de irrigação.
No solo, também é um ótimo momento para fazer a amostragem e determinar a curva característica de retenção de água no solo que nos informará qual a CAD - Capacidade de Água Disponível - ou seja, quanto de água você consegue armazenar e assim, decidir o melhor manejo da irrigação.
Quanto as novas tecnologias, também é um ótimo momento de sem pressa, avaliar o que realmente você precisa, seja você que está entrando na agricultura irrigada, ou quem já irriga e pode com os aplicativos, avaliar de fato quais as suas necessidades!
Este foi o tema da edição de 14 de dezembro de 2017 do [Pod Irrigar] - o Podcast da Agricultura Irrigada -, mas o Internauta também pode ouvir as outras dicas que estão disponíveis semanalmente a partir de http://podcast.unesp.br/podirrigar.

Produção de alimentos - mercado - grãos
Área plantada vai cair em 2018 e o preço de alimento - especialmente dos básicos - poderá subir, conforme a análise dos novos números da safra de grãos divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no dia 12 de dezembro de 2017. Neste ano, ocorreu o contrário. Os alimentos pesaram pouco no bolso do consumidor e impediram uma evolução da taxa de inflação. Para a Conab, o Brasil estará semeando na safra 2017/18 a menor área com arroz desde a década de 1970, início da série histórica dos números do órgão. A área destinada ao feijão na primeira safra - são três no ano - fica próxima de 1 milhão de hectares, a segunda menor desde os anos 1970. O abastecimento interno passará a depender de uma boa evolução das outras safras. Mauro Zafalon informa que outra preocupação é com o milho, cuja área da safra de verão também é a menor desde a década de 1970. Área e produção menores na safra de verão colocam um peso grande no resultado da chamada safrinha, a safra de inverno. Este é, no entanto, um período de risco para a produção de milho. O grande destaque da safra 2017/18 fica por conta da soja. A área semeada atingirá o recorde de 35 milhões de hectares, 3% mais do que na safra 2016/17. A oleaginosa avança sobre as áreas de arroz, feijão e milho, cujos preços não agradaram aos produtores neste ano. Mesmo com área maior, a produção de soja do próximo ano será menor do que a deste. Na avaliação da Conab, serão produzidos 109 milhões de toneladas de soja em 2018, abaixo do recorde de 114 milhões deste ano. A safra total de grãos cai para 226,5 milhões de toneladas em 2017/18, com queda de 11,2 milhões de toneladas em relação à de 2016/17. Neste ano, a produção havia superado em 51 milhões a de 2015/16. As principais quedas na produção de 2018 serão arroz (6%), feijão da primeira safra (18%) e milho (6%). A soja, com produtividade menor, recuará 4%. Em video, IBGE divulga que Brasil atinge crescimento recorde na produção de grãos.



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